domingo, 1 de março de 2015

PENSANDO EM VOZ ALTA SOBRE TRANSFORMAÇÃO DAS INFORMAÇÕES EM CONHECIMENTO

   vivemos um período histórico de extrema banalização de informações. Estas, que antes chegavam aos poucos, capazes de serem assimiladas, comentadas e, portanto, mantidas nas lembranças, foram literalmente " atropeladas " por um avanço notável dos meios de comunicação  que nos trazem de toda parte, a cada segundo, uma infinidade imensa de saberes. O rádio, a televisão, os vídeos, porém ainda muito mais expressivamente a internet, fizeram com que as informações ganhassem uma nova dimensão e incomensurável volume, alterando de forma substancial o papel da escola e a função do professor.
    Anos atrás, o professor deveria levar a seus alunos as informações especializadas de sua disciplina,  aprendidas  em seus estudos, e aos alunos cabia assimila-las    de maneira significativas ou mecânica. Hoje já não é mais necessário essa tarefa, uma vez que essas informações transitam por todos os meios - livros didáticos, fascículos, apostilas, revistas, jornais, vídeos, programas de computadores, buscas na internet-,  mas seu excepcional volume e necessidade constante de atualização torna necessária sua transformação em conhecimentos, habilidades, práticas cívicas e, enfim, sabedoria.
     O extraordinário avanço dos meios de comunicação e a popularização dos saberes, associados ao que hoje se sabe sobre como a mente humana aprende, reclamam por um professor que oriente seus alunos sobre como colher informações, de que forma organiza-las mentalmente, como definir sua hierarquia e, sobretudo, de que maneira  transforma-las em conhecimento e, dessa maneira, ampliar suas inteligências. Ao lado dessa missão, o professor precisa também se transformar em um analista de símbolos e linguagens, um descobridor de sentidos nas informações e, ainda, o profissional essencial do despertar das relações interpessoais.
     Com uma profunda e sensível reflexão sobre sua prática pedagógica, poderá encontra-la como ferramenta essencial da sabedoria e descobrir-se como um artesão que inventa soluções para os desafios impostos pela massificação da informação.
Pensando...
Quando queremos aprender algo, quase sempre dispomos de duas alternativas. Ou repetimos incessantemente essa informação até que nosso cérebro a registre, oi  então associamos  a uma outra já existente em nosso conhecimento, construindo assim uma conexão.
    No primeiro caso estamos buscando um aprendizagem mecânica, relativamente eficiente, mas de duração na memória bastante limitada; no segundo caso , estamos desenvolvendo a aprendizagem significativa de duração memorial bem mais longa.
Experimente ler essas dez palavras e guarda-las na memoria por três semanas: BURT - MARP - LICRU - TRUP - CHEI - JUTRE - MUFA - GRUPLER - NUBRA _ RIVITRA.
Agora faça uma tentativa com estas palavras: A - LINDA - JOVEM - FOI - ASSASSINADA _ NO - DIA - DO _ SEU - CASAMENTO.
    Dessa forma fica claro , o professor necessita ser um atento pesquisador dos saberes que o aluno possui - saberes que obteve de sua vida, de suas emoções, de suas brincadeiras, de suas relações com o outro e com o mundo - e fazer dos mesmo " ganchos " para os temas que ensina.
Continuaremos refletindo sobre  essa aprendizagem significativa, espero assim contribuir para muitas reflexões e mudanças satisfatórias para ambos...alunos e professores.
Selma Costa.

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