sábado, 7 de março de 2015

Refletir e Entender Os Quatro Pilares da Educação na Sala de Aula .


          A MAGIA do número quatro
               Pense , por favor, em uma cadeira comum. Dessas que não faltam em qualquer cozinha, desse instrumento simples e prosaico que nosso corpo , quando cansado, procura. Pense em uma cadeira e imagine  por que deve ter a mesma quatro pernas. A resposta parece fácil. Uma cadeira comum com cinco pernas é exagero, desperdício inútil, e uma cadeira com apenas três nem de cadeira pode ser chamada. Certamente não se sustenta, não garante apoio, não propõe a  segurança de que não vai cair. As quatros pernas de uma cadeira são essenciais e, mais que isso, jamais pode existir entre elas a presunção de ser mais importante que outra.
          Ao se pensar no numero de pernas de uma cadeira e concluir que na simplicidade dessa quantidade se oculta a certeza do bom senso, levou-se esse mesmo pensamento para os pilares que necessitam sustentar a educação que sonhamos, a imprescindível educação que em toda aula, todos os dias, em qualquer escola necessitamos desenvolver.
          A Educação mundial precisa de pilares e precisa dos quatro. Nossa escola não pode adia-los, e é em nossas aulas que necessitam se tornar frequentes. Não importa a ordem de sua apresentação, menos ainda importa a prioridade sobre por qual começar. O essencial é que é impossível uma educação verdadeira, em qualquer nível de ensino e em qualquer lugar deste mundo , sem seus quatro pilares, tão igual em significação quanto as quatro pernas de uma cadeira. É por essa razão que vamos refletir sobre esse número de pilares, propor, sugerir e criticar, e é porque são quatro, nem mais , nem menos e essa explicação precisa ser entendida.
          Vamos pensar em voz alta sobre os quatro pilares da educação e melhorar nossa reflexão e ação em sala de aula.
          Antes do fenômeno da globalização, cada  país pensava e fazia acontecer a educação de seu jeito. muitos países e o Brasil foi um bom exemplo, prestavam atenção ao que era feito lá fora e procurava  adaptar essa maneira de ensinar a sua realidade. Nossos currículos copiavam o currículo francês, e mais tarde importamos muitos procedimentos norte-americanos para nossa cultura educacional.
          A globalização trouxe mudanças severas e, que quase que de uma hora para outra, era importante pensar na livre circulação de ideias  e dos produtos, e que seria necessário algumas padronizações educacional para que os executivos de um pais não se sentisse  um" peixe fora d´agua". Mas a globalização se somou a popularização da internet e o alcance de novos saberes que se tornavam disponíveis para todos.  Essa necessidade de formação global, somada a essa verdadeira floresta de informações diversificadas, impunha a busca de uma educação mundial, de algum tipo de padronização que pudesse   dizer aos professores, independente dos lugares em que viviam, " o que seria útil ensinar" e que mostrasse como era possível a escola sobreviver, já que fontes de informação pareciam dispensa-la.  Com certeza produziu várias reflexões e muitos encontros e em um deles na Tailândia, a Unesco patrocinou um Conferencia Internacional sobre educação. Quando esta terminou foi possível elaborar um importante documento que expressava: " DECLARAÇÃO MUNDIAL SOBRE EDUCAÇÃO PARA TODOS".     Esse documento conclamava educadores de toda parte a dirigirem seu olhar para um mesmo ponto e, assim , educar  para a globalização, ensinar, mesmo com os recursos eletrônicos disponíveis e colocados ao alcance de qualquer um. Esse documento destacava a angustia dos educadores em face da banalização da informação sobre a inevitável busca de padrões educacionais comuns, e apresentava meios e procedimentos de se transmitir a todos, de maneira eficaz, novos saberes, e com os mesmos assinalar referências de como deve ser uma escola que prepara o cidadão universal e que o ensina a construir saberes significativos.
          É bom saber que nossa aula, seja quais forem os conceitos e procedimentos propostos, desenvolve-se em pleno consenso com aulas ministradas em outros lugares. É interessante descobrir que já não mais ensinamos nossos alunos para viver e produzir em nossas terras. A nova nacionalidade que estes caminhos sugerem exclui pátrias pessoais ou nações particulares. Os professores de agora são cidadãos mundiais, pensando em construir uma cidadania nova e planetária. Não é complicado, mais é ousado; não é difícil, mais é imprescindível. Seja bem-vindo  a essa pátria globalizada do futuro, seja bem-vindo à missão de formar pessoas para os novos  tempos, fazer da escola novos tempos.
Bom saber , conhecer e informar. Obrigada Celso Antunes por esse grande presente .

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