A SIMPLES REPRESSÃO DO COMPORTAMENTO NÃO É EFICAZ NA BUSCA DA CURA. PRECISAMOS OFERECER AOS JOVENS A OPORTUNIDADE DE TRANSFORMAR ESSA IMENSA ENERGIA EM ALGO PRODUTIVO E POSITIVO.
Os jovens, especialmente os adolescentes, são os mais vulneráveis ao que hoje chamamos de ciberdependência, termo usado para caracterizar o uso compulsivo da internet A pessoa que usa a rede por mais de duas horas por dia com a finalidade de buscar distração é considerada um ciberdependente.
Existem milhares de pessoas, na maioria adolescentes, que passam horas e horas na frente do computador, como que hipnotizadas pelos games: uma empreitada que simula uma guerra onde personagens representados por monstros ou heróis duelam num combate mortal. O objetivo é prender a atenção do jogador, que vai ganhando " poderes " e desenvolvendo o seu personagem.
Esses jogos são projetados com um sistema de recompensa dada aos poucos, que visa manter o jogador cada vez mais interessado e viciado no objetivo.
A situação - problema decorrente desse vício é a alienação social, isolamento da família, baixo desempenho escolar, desinteresse pela a vida, depressão etc.. O principal indicativo dessa dependência é quando a pessoa não consegue ficar bem por muito tempo em lugares que não dão acesso a internet.
Muitas pessoas passam o dia inteiro plugados na rede, mas por uma questão de trabalho. Outras entram com uma determinada finalidade e, uma vez cumprida , saem, O compulsivo, ao contrário, não tem objetivo específico. Entra na internet em busca de compensação inconsciente para uma necessidade interior que talvez não possa ser satisfeita de maneira original. O prazer momentâneo experimentado através dessa a atividade repetida por várias vezes cria uma dependência.
Como qualquer transtorno de dependência, o ciberdependente necessita de ajuda médica e psicológica. A simples repressão do comportamento não é eficaz na busca da cura. Precisamos oferecer aos jovens a oportunidade de transformar essa imensa energia em algo produtivo e positivo. Talvez essa busca pelo virtual seja um grito de socorro e a única forma que ele encontrou para existir num mundo vazio e carente de sentido.
Estejamos atentos...
fonte. revista Cidade Nova - abril de 2013.
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