domingo, 16 de janeiro de 2011

Educação Financeira _ Conversa com os pais

                                                                       
Isso se aprende em casa e na escola.
       Lidar com dinheiro não é fácil para os adultos, muito menos para as crianças. Ganhar dinheiro é muito difícil, por outro lado, gastar é muito fácil. Ofertas, promoções, necessidades instaladas pela mídia, sonhos de consumo já acabaram com a poupança de muitas famílias. Importante perceber que a administração desses recursos cabe a  adultos. Imaginem então o que significa para as crianças ter um  pouco mais de dinheiro no bolso.
       O real valor do dinheiro só é aprendido quando de fato existe a responsabilidade de lidar com ele, ou seja, fazer com que seja suficiente para suprir as necessidades em determinado prazo. E as crianças como podem aprender se não recebem salário? Há outros caminhos? É possível promover uma educação financeira? SIM, não só é possível como necessário que as crianças sejam orientadas sobre como estabelecer uma relação saudável com o dinheiro e, dessa forma, preveni-las para chegar à vida adulta preparadas para ganhar e gastar bem os recursos financeiros.
       Para pensar na educação financeira dos filhos, é necessário revisão de valores, preconceitos e práticas na relação com o dinheiro.É importante, por exemplo, pensar em como aproveitá-lo melhor e usufruir de seus benefícios. Afinal, as crianças seguem modelos, não sendo diferente nessa área. As crianças vão usar como referência os adultos com quem convivem e praticar os valores que neles enxergam.
       O objetivo da educação financeira é criar uma mentalidade adequada e saudável em relação ao dinheiro. A educação financeira adequada exige tempo, treino e persistência.
        As dicas a seguir ajudam sobre como a educação financeira pode começar hoje mesmo a fazer parte dos objetivos de uma educação completa.
1- Criança precisa de exemplos práticos para começar a entender o valor das coisas. Se a família pretende viajar nas férias, isso pode ser um bom começo para pedir ao filho que participe das economias da casa para esse objetivo.
2- Não esconder as dificuldades financeiras nem sustentar um padrão de vida irreal.A criança pode tornar-se um adulto que faz qualquer coisa para aparentar um poder que não tem.
3- Dar mesadas com regularidade. O mais importante não é o valor, mais a regularidade dos "pagamentos". Cumprir o que foi combinado.
4- Não impedir o filho de gastar o dinheiro dele. Haverá erros e acertos, mas parte do processo de aprender a economizar é saber como gastar. Isso inclui fazer escolhas e, eventualmente, arrepender-se.
5-Manter o planejamento. Evitar dar as crianças mais que o valor da propria mesada regular. Todos devem acostumar-se, desde cedo, a viver conforme seu padrão de renda e fazer o orçamento pessoal.
6- Tarefa doméstica não deve ser remunerada. Fazer isso diminui a autoridade dos pais. A criança deve ajudar em casa por que faz parte da família.
7- Boas notas escolares não devem ser motivo de remuneração. Pagar por boas notas na escola é mostrar à criança que o importante é o resultado, não o aprendizado.
8- Cartão de crédito é coisa de adulto. Ele ensina somente a gastar, nunca a economizar, que é um conceito fundamental.
9- Ensinar o valor do dinheiro. Esclarecer a diferença entre  querer e precisar de alguma coisa. Estimular o filho a comparar preços e evitar comprar aquilo que considerar caro, mesmo que possa fazê-lo.


Obrigada Rita Egashira por esta grande matéria.

DINHEIRO, o que fazer com ele?   - Como ganhar?  - Como gastar ?  - Como poupar? -
Não há idade específica para ensinar os filhos a lidar com as finanças, mas eles podem ter os primeiros contatos com dinheiro a partir dos 6 anos.. Para isso, jogos e livros ligados ao tema são muito apropriados.. Banco imobiliário é um dos melhores jogos para isso. Ensina o que é comprar, vender, lucrar... Histórias como João e o Pé de Feijão, A Galinha dos Ovos de Ouro, transmitem valores importantes sobre paciência, planejamento e trabalho, indispensáveis para uma boa educação financeira.

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