quinta-feira, 10 de novembro de 2011

SOB O OLHAR DOS PAIS.

     A revista Cidade Nova entrevistou o casal : Rita de Cassia e Océlio Dias, especialistas em Terapia Familiar. Vale apena conferir.
Importância do Pai e da Mãe na Formação Integral dos Filhos.
- Qual o papel dos pais na formação dos filhos?
      Os pais devem ser para os filhos uma expressão de amor: alguém que acolhe, que corrige, que é capaz de pedir desculpas quando erra, tendo a certeza de que isso não fará com que os filhos percam o respeito. Muito pelo contrário, proporcionará uma relação de confiança e amor. A figura do pai deve estar sintonizada  com a figura materna para dar segurança nas decisões, nos limites a serem dados. A criança precisa captar que o pai fala a mesma língua da mãe e, para isso, é necessário que o canal de diálogo entre os pais esteja sempre aberto.

- Pode-se falar de uma complementaridade de papéis?
     Acredito que sim. Existe um objetivo comum, que é o educar os filhos, e nenhum dos dois deve sentir-se inferior. A família é um sistema que funciona com amor, para o amor e pelo amor. Se existe essa condição , tudo, na educação dos filhos e na relação entre os pais, se torna interessante e responsabilidade comum.

- Quando a presença dos pais influi na formação escolar dos filhos? 
     Esta presença não está diretamente ligada ao maior ou menor tempo de dedicação, mas sim à intensidade desses momentos, Hoje os desafios são maiores; a velocidade com que as informações, positivas e negativas, chegam até nós, nos perturba e nos provoca avaliações constantes que tem reflexos direitos na educação de nossos filhos. Portanto, a nossa presença na formação escolar é fundamental. Não podemos transferir à escola o nosso papel; essa instituição só deve ajudar no processo de educação dos filhos.

- Muitas vezes, por motivo de morte precoce de um dos cônjuges , ou até de separação, a criança cresce apenas com o pai ou a mãe. Nesses casos, como suprir o papel do outro? Isso é possível?
     No caso de uma separação, é necessário torná-la o menos traumática para os filhos. Um diálogo aberto e franco sobre essa nova realidade com eles é fundamental, porque terá incidência direta na vida de cada membro do núcleo familiar.  Nesta nova fase da vida da família é imprescindível que os filhos sintam que ainda contam com aquele ou aquela que já não convive com eles. Precisam continuar confiando e acreditando no amor do pai e da mãe.
     Se fizerem isso, na escola haverá menos problemas. Mas é necessário comunicar à escola essa nova situação para que se observem, mais de perto, as mudanças de comportamento, a fim de intervir, se necessário. O amor seja o remédio para essa dor tão intensa dos filhos. 

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