sábado, 5 de novembro de 2011

AVALIAÇÃO: PERGUNTAR MAIS DO QUE RESPONDER.

      Avaliar é essencialmente questionar. É observar e promover experiências educativas que signifiquem provocações intelectuais significativas no sentido do desenvolvimento do aluno. Dessa forma, as perguntas mudam radicalmente de lugar e de importância no contexto escolar. Enquanto na avaliação classificatória elas ocupam o lugar de verificar, comprovar o alcance de um objetivo ao final de um estudo, de um determinado tempo - o professor ensina e depois pergunta - na visão mediadora, elas assumem o caráter permanente de mobilização, de provocação. Professores e alunos questionam-se, buscam informações pertinentes, constroem conceitos, resolvem problemas.
     Avaliar é, então, questionar, formular perguntas, propor tarefas desafiadoras, disponibilizando tempo, recursos, condições aos alunos para a construção das respostas. Os conteúdos não deixam de existir, eles são mais do que nunca importantes, assim como a visão interdisciplinar, e é compromisso do professor sugerir e disponibilizar variadas fontes de informação. A premissa é oferecer aos alunos muitas e diversificadas oportunidades de pensar, buscar conhecimentos, engajar-se na resolução de problemas, reformular suas hipóteses, comprometendo-se com seus avanços e dificuldades.
     Tal prática educativa não se adequa ao caráter somativo ( médias aritméticas) da avaliação tradicional, e reside aí uma das graves incoerências dos regimentos escolares. Uma avaliação contínua e cumulativa significa o acompanhamento da construção do conhecimento em sua evolução e complementaridade, exigindo alterações qualitativas nas formas de registro e tomadas  de decisão sobre aprovação.

Um comentário:

  1. Que bom que estais de volta nos presenteando com tão importantes reflexões, sobre essa brilhante tarefa que é educar.

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