sábado, 26 de março de 2011

SEXO é preciso quebrar os próprios tabus

          Qual é a maior dificuldade que nós, adultos - pais, mães, professores -, temos ao falar sobre sexo? Provavelmente lidar com nossas próprias experiências, nossos medos e inseguranças, nossos preconceitos e tabus. Aprende-se sexo em livros? Talves as questões biológicas possam ser explicadas dessa forma, porém a sexualidade humana vai muito mais além.
          Ao conversarmos sobre sexo com nossos alunos e filhos, não falaremos sobre a nossa sexualidade, muito menos sobre o que pensamos ou como agimos, mas vamos orientá-los sobre sexo consciente, cuidados pessoais sentimentos. Não devemos colocar nossas opiniões sobre este ou aquele tema, pois nosso objetivo é in(formá-los, e não direcioná-los conforme o que pensamos, uma vez que nem sempre o que pensamos é a resposta certa para determinado indivíduo. Precisamos deixar os "achismos" de lado: " acho bobagem a virgindade",  "não concordo com homossexualismo", etc. Devemos lembrar que cada indivíduo tem sua história e cultura familiar, e que isso, sim, deve direcioná-lo na formação de juízos e valores.
         Qual o nosso papel como educadores? Indicar caminhos ou deixar que os jovens decidam por si? O mais importante, ao orientarmos crianças e jovens, é basicamente compreender que preocupações e angustias são normais; isso requer, por outro lado, que saibamos nos posicionar como adultos para "trabalhar" essas dificuldades, evitando transmitir tais medos e tabus.
          Falar de sexo é falar da natureza, do natural, do" ser humano ".É falar de emocões, sentimentos, autorrespeito e respeito ao outro, abordando também cuidados e prevenção. Não basta _ e não deve _ tratar de sexo como biologia pura, tornando-o experimental e inócuo. Deve-se tratá-lo como conversa, de pessoa para pessoa, sem receio, olho no olho, e não ao pé do ouvido, como assunto ao pé do ouvido, como assunto escuso e impróprio.
          Há um momento certo para conversar sobre sexualidade? claro! Sempre que somos questionados. Sempre que observarmos a curiosidade. Sempre que notamos a desinformação. Toda vez que se trata do assunto na mídia, por exemplo, seja em atitude de atores de filmes e novelas, seja por temas de noticiários, essa será a hora para falar sobre sexo.
         Nada de cegonhas, abobrinhas, margaridas. Fale sobre ser gente, ter diferenças físicas e psicológicas, e sobre o ciclo da vida: nascer, viver e morrer; amar e ser amado,; respeitar e ser respeitado. Sem exageros e também sem minimalismos, abstraindo o que é compreensível e necessário para aquela idade, lembrando que esta geração é bem mais informada do que as anteriores. È por isso que falar com eles hoje parece tão mais difícil.
         Finalizando, para falar sobre sexualidade é fundamental falar sobre autoestima e cuidados com o próprio eu, enfatizando o autorespeito e o respeito pelo outro, quanto mais se conversar e orientar, mais se desenvolverá a capacidade de discernimento para a tomada de decisões. A orientação deve buscar a construção de hábitos e atitudes saudáveis, tanto físicas quanto emocionais, e valorizar a vida, o fato de que nosso corpo precisa ser cuidado e respeitado, assim como o das outras pessoas. Desenvolvendo o espírito crítico para discernir o que é certo ou errado, mostramos caminhos, cabendo a cada um analisá-los e defini-los ao longo da vida.
          Família e Escola devem transmitir a segurança de quem possuem princípios e valores comuns, para que, juntas, consolidem a educação de futuros homens e mulheres conscientes, responsáveis e felizes.
( fonte: revista PAD. Vânia Bittencourt.)

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